Nascido em 1971 na cidade de Caibi, Oeste catarinense, Mauro de Nadal mudou-se na infância com os pais para a vizinha Cunha Porã, onde se tornaria prefeito aos 27 anos. Depois de se destacar em dois mandatos à frente do Executivo municipal, foi convidado para assumir a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, em Palmitos. Na sequência, elegeu-se deputado estadual para a 17ª Legislatura (2011-2015), reelegendo-se desde então – está no quarto mandato. Assumiu a presidência da casa em 2021, com novo mandato a partir de 2023. De estilo conciliador e reconhecido pela energia inabalável no exercício de suas atividades, jogador de vôlei na juventude, formado em Direito com especialização em Gestão Pública, De Nadal está semanalmente presente na região Oeste, onde vive a família – e que continua sendo sua base de trabalho, composta por mais de 120 municípios. Na entrevista a seguir, o presidente da Alesc fala sobre a importância da instituição para o desenvolvimento de Santa Catarina.
Quando pensamos em empreendedorismo e ambiente de negócios, Santa Catarina certamente se destaca no cenário nacional. Qual a visão do Parlamento, da classe política catarinense, sobre os diferenciais do estado? Que diferenciais são esses?
O que Santa Catarina mais tem de especial é a sua gente empreendedora. Uma gente que se renova a cada momento, que busca oportunidades de implementar, dentro da sua estrutura e de suas ideias, projetos viáveis para o seu negócio e para Santa Catarina – tanto que o estado é hoje o grande destaque nacional em startups. Por todas as regiões de Santa Catarina, essa vocação tem gerado oportunidades e colocado o estado em posição de destaque. Então eu vejo que o grande diferencial catarinense é essa vontade que o empreendedor tem de agregar valor àquilo que ele produz e fazer de Santa Catarina um estado cada vez mais desenvolvido e que gera muita oportunidade.
Como a Assembleia Legislativa contribui para potencializar ainda mais esse diferencial catarinense?
Além do desenvolvimento, da disciplina e da vontade de trabalhar, tem um ponto, que às vezes a gente esquece de falar e acaba passando, que é gostar de pessoas. Sempre tive esse jeito de gostar de pessoas, de buscar relacionamentos duradouros. Isso me deu também uma condição de progredir na caO papel do Parlamento condiz com aquilo que é a sua essência: legislar, fiscalizar e, acima de tudo, ouvir a nossa gente, porque o Parlamento é a casa do catarinense. Os deputados ocupam espaços em toda Santa Catarina, ouvindo a sociedade. Por meio também das Comissões Permanentes aqui da casa, estamos sempre sintonizados com tudo aquilo que é necessidade que cada região apresenta para gerar oportunidades e desenvolvimento. Dentro das ferramentas que a Assembleia Legislativa possui, temos a oportunidade – que certamente aproveitamos muito bem – de estar em sintonia fina com todo empreendedor de Santa Catarina. Um exemplo são projetos que facilitam a instalação de empresas. Outro é a oferta de benefícios fiscais, junto ao governo do estado de Santa Catarina, em decorrência da análise criteriosa da competitividade das nossas empresas em relação a empresas de outros estados da Federação ou mesmo do exterior. A Assembleia Legislativa entende de que a sociedade catarinense precisa ter aqui a sua voz, e isso o Parlamento está fazendo com muita atuação e dedicação.arreira, pelo estilo de liderar.
A Assembleia Legislativa tem trabalhado também para fomentar o ensino do empreendedorismo nas escolas e para desburocratizar os processos de registro e de funcionamento de empresas. Qual a importância dessas iniciativas?
O ensino de empreendedorismo nas escolas certamente despertará nas nossas crianças e adolescentes uma capacidade que, muitas vezes, por falta de oportunidades, não aflora. A Assembleia Legislativa tem o objetivo de ser fomentadora dessa ideia, de fazer esse encaminhamento, para que os estudantes dos nossos estabelecimentos de ensino já convivam desde cedo com a ideia do empreendedorismo. Quanto à desburocratização, é um grande desafio nos mais diversos setores e segmentos. Precisamos facilitar a vida das pessoas, de forma geral, e mais especificamente do empreendedor. O que se percebe ao longo do tempo é que a gente caminha na direção contrária. Chegamos a ter no país, na década de 1980, um ministério que cuidava exclusivamente da desburocratização. Se fizermos um comparativo daquele período para agora, vamos perceber que burocratizamos mais do que temos oferecido facilidades ao cidadão. Então a Assembleia tem adotado essa corrente de forma maciça, esse entendimento de que precisamos dar às pessoas a facilidade para viverem bem e produzirem.
