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ENTREVISTA / LUIZ VICENTE SUZIN

"O LEGADO DE UM

LÍDER COOPERATIVISTA"

"O LEGADO DE UM LÍDER COOPERATIVISTA"

Luiz Vicente Suzin, Presidente do Sistema OCESC, por Júlia Caroba - Caroba Produções

Luiz Vicente Suzin é filho de cooperativista. Nascido e criado em Videira (SC), reside na mesma propriedade adquirida pelos pais em 1951 quando migraram do Rio Grande do Sul para o estado vizinho. O pai era associado da extinta associação rural de Videira que depois se tornou a Cooperativa Agropecuária Videirense (Coopervil). Em 1975, sob influência do pai, Suzin se tornou associado da cooperativa e nunca mais se desvinculou do cooperativismo. Em 2016, tornou-se liderança máxima do segmento em Santa Catarina, como presidente do Sistema OCESC.

Na Coopervil, Suzin foi conselheiro fiscal, conselheiro de administração, secretário e vice-presidente. Em 1989, a convite do “saudoso”, como ele mesmo menciona, Aury Luiz Bodanese, assumiu a presidência. Desde então, foi reeleito de forma consecutiva em todas as eleições da cooperativa.

Suzin também presidiu a Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro) por nove anos. Em 2016, assumiu a presidência do Sistema OCESC. “Assim concebi minha trajetória no cooperativismo. Mostrando o trabalho com transparência junto aos associados. Pois o cooperativismo vive dos seus donos, que são os associados”.

Entrevistadora: ANDRESSA RECCHIA - JORNALISTA

Vamos falar sobre sua trajetória como presidente do Sistema OCESC. Quais as conquistas o senhor considera mais importantes ao longo do seu mandato de 8 anos?

Ao longo dos últimos oito anos, a OCESC apresentou um crescimento de 50% no quadro de funcionários em relação a 2008. Esse aumento ocorreu em função do crescimento do cooperativismo em Santa Catarina e devido às novas oportunidades de apoio que o Sistema OCESC ofertou para as cooperativas. Além da expansão dos setores existentes, atenta à evolução dos cenários, desenvolvemos um importante setor na OCESC, o de Atuação Legislativa, que cumpre com o papel político da entidade de estar à frente e de apoiar as demandas do sistema cooperativista junto ao Legislativo.

No que diz respeito ao SESCOOP/SC, ampliamos as ações do Programa de Gestão e Governança das Cooperativas através do PDGC, de modo a possibilitar a melhoria dos processos e adoção das boas práticas de gestão. A área de Promoção Social também cresceu desde que implementamos a realização das ações de forma descentralizada, dando mais autonomia e liberdade para que as cooperativas desenvolvam suas iniciativas de acordo com a necessidade local.

São inúmeras as conquistas do Sistema OCESC nesse período. De modo geral, nos adaptamos ao notável crescimento das cooperativas, para atender a seus interesses de forma cada vez mais eficaz e participativa.

Santa Catarina é reconhecida como o estado mais cooperativista do Brasil. Como as cooperativas catarinenses se posicionam no cenário nacional?

As cooperativas catarinenses destacam-se por vários vetores, mas os principais são: união, organização e profissionalismo, fornecendo para seus associados e sociedade produtos e serviços de qualidade com respeito ao consumidor e ao meio ambiente.

Como o senhor avalia o crescimento do cooperativismo catarinense?

O setor cooperativista de Santa Catarina cresce em um ritmo acima da média nacional. Em 2023, tivemos um aumento no número de novos cooperados. No aspecto econômico, as cooperativas também registraram crescimento em seu patrimônio líquido acumulado, que demonstra o quanto elas vêm se mantendo competitivas e atuantes no mercado. O dinamismo do sistema cooperativista também é representado pelo crescimento no número de empregados, que hoje soma mais de 90 mil catarinenses trabalhando em uma cooperativa.

Quais os atuais desafios impostos ao cooperativismo?

Podemos dizer que, no Brasil, o cooperativismo ainda enfrenta o desafio de ser mais visto como modelo de organização econômica e social, a exemplo de como é percebido em outros países. Os benefícios do sistema cooperativista são evidenciados no desenvolvimento das regiões onde se faz mais presente. Estudos comprovam que, nas regiões onde atuam as cooperativas, há um aumento evidente do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH).

Conte um pouco sobre como as cooperativas desenvolvem ações ligadas à responsabilidade social e ambiental e como o sr. vê a importância desses temas para o crescimento do sistema?

O interesse pela comunidade é um dos princípios do cooperativismo. E comunidade é tudo aquilo que nos cerca e faz parte do nosso dia a dia. As cooperativas atuam com o foco nas pessoas, sempre atentas às mudanças sociais locais e globais. Aliado a isso, cumprem seu papel como entidades educadoras preparando as novas gerações e desenvolvendo habilidades relacionadas à educação financeira e sustentabilidade.

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