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ENTREVISTA / RAFAEL BUDDEMEYER

"REVISAR ESTRATÉGIAS

AO LONGO DO JOGO"

"REVISAR ESTRATÉGIAS AO LONGO DO JOGO"

Rafael Buddemeyer, diretor comercial da Buddemeyer, por Júlia Caroba (Caroba Produções)

A persistência e a transpiração são ingredientes já bem conhecidos para se tornar um profissional bem sucedido. Rafael Buddemeyer, diretor comercial do grupo líder nacional no segmento premium do mercado de cama, mesa e banho, também joga luz em uma mistura por vezes esquecida: a importância de rever estratégias e opiniões ao longo do jogo. “Não considero uma derrota, considero um ajuste de posição”, afirma o executivo de 43 anos, casado e pai de dois filhos.

Formado em administração de empresas, com MBA pela Fundação Dom Cabral e estudos na Northwestern University – Kellogg School of Management, Rafael atua na Buddemeyer há mais de duas décadas e se inspira no pai, Rolf, presidente do conselho
do grupo, para defender a importância de aliar tradição e inovação. “Elas são uma simbiose. A tradição vai trazer os valores éticos, morais, a cultura, o DNA, o jeito como a empresa se move. A inovação vem junto, porque sem inovação a empresa não cresce. A gente é como um ser vivo, está o tempo todo evoluindo e se moldando, com novas características e novos olhares.”

Entrevistador: Rodrigo Coutinho, CEO da Editora Expressão

Que fatores você destacaria como essenciais para se tornar um líder empresarial de sucesso?

Vem de uma formação básica fundamental. Claro que há sempre uma questão de gostar de fazer esse tipo de papel, de se sentir bem atuando nesse tipo de liderança.

Você pertence à quarta geração da família que dá nome à empresa. Como conciliar a importância
da tradição e valores de um grupo familiar com a inovação e modernização constantes?

A tradição vai trazer os valores éticos, morais, a cultura, o DNA, o jeito como a empresa se move. A inovação vem junto, porque sem inovação a empresa não cresce. A empresa é como um ser vivo, está o tempo todo evoluindo e se moldando, com novas características e novos olhares.

Obviamente que a gente não faz isso sozinho dentro dessas quatro gerações. É a família Grupo Buddemeyer, com todos os colaboradores, que faz com que a empresa cresça e se desenvolva. E a inovação vem de todos os lados.

Ao longo das décadas, empresas enfrentam circunstâncias econômicas ou sociais que sempre impõem desafios, como na pandemia da Covid. Que dicas você daria para quem está começando e para quem já está nessa área mas ainda não conseguiu decolar?

O que eu poderia dizer para novos empreendedores é que existe um trabalho de persistência, mas existe um de revisar as estratégias constantemente. Se você está batendo numa coisa e acredita que sua estratégia está correta e vai frutificar, é um jeito de fazer. Mas é importante questionar suas estratégias e as decisões ao longo da carreira e dessa empresa, se elas estão sendo as mais corretas. E não adianta tapar o sol com a peneira. Tem que ser muito franco consigo mesmo para poder dar certo.

Para decolar é preciso muita transpiração. É aquela coisa, 99% transpiração, 1% inspiração. Esse transpirar você tem que fazer da maneira mais sólida ou menos onerosa para que tenha sucesso. Sim, a gente se frustra,a gente bate na porta o tempo todo, não dá certo uma série de coisas. Mas quando dá certo você comemora, colhe os louros e vai para a próxima.

Mudar de opinião ou de estratégia ao longo do jogo não considero uma derrota, considero um ajuste de posição. Você não vai mudar seus valores. Antes da pandemia, o mundo era muito pouco digitalizado em vendas on-line para determinados grupos. Durante a pandemia isso mudou totalmente. Então você dizer “não vou fazer vendas on-line” poderia te pegar. Há ajustes de conduta que o mercado faz com que você precise fazer. É o mundo que comanda, o consumidor final que manda em você. Não é só você que manda na sua empresa.

Quem são suas principais inspirações no segmento empresarial, seja pessoas ou empresas?

Sempre destaco as gerações anteriores da nossa família. Vou citar o Rolf como o líder da última geração, que fez muito nesse trabalho estratégico de posicionar a marca.

De modo geral, o que caracteriza, na sua opinião, um empresário bem sucedido e como se diferenciar de tantos outros no mercado?

Primeiramente um empresário bem sucedido é um cara que gosta do que faz e é feliz no que faz. O tempo voa e ele nem percebe que está fazendo as coisas porque faz parte do DNA dele. Ele vive e respira isso. Acho que isso é sucesso. Existem outras métricas de sucesso, de crescimento, mas acho que isso é fundamental: gostar do que faz. Vejo pessoas que têm uma empresa pequena e são muito felizes no que fazem. Acho que isso é um diferencial, é uma liderança de sucesso.

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