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PRÊMIO EXPRESSÃO DE ECOLOGIA

Premiação ambiental de maior longevidade ininterrupta do Brasil

PERSONALIDADES AMBIENTAIS

Em ocasiões especiais, o Prêmio Expressão de Ecologia concede o título de Personalidade Ambiental para pessoas físicas com destacada atuação na preservação do meio ambiente da região Sul do Brasil. Em algumas edições, a premiação concede uma homenagem póstuma, um reconhecimento à trajetória ambiental do contemplado. Conheça as personalidades:
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MARIO MANTOVANI

Personalidade Ambiental do 28º Prêmio Expressão de Ecologia
(2022-2021)
Geógrafo, especialista em recursos hídricos e ambientalista, um amante da natureza que trabalha em prol do meio ambiente a mais de 40 anos, foi escolhido como Personalidade Ambiental desta 28ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia. Diretor Institucional da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, que idealizou em 1986 e com parcerias vem desenvolvendo trabalhos com Governos Locais. Trabalhou na Fundação SOS Mata Atlântica por três décadas, onde coordenou a maior campanha de mobilização para despoluição de um Rio no Brasil, com o Núcleo União Pró Tietê, os Planos Municipais de Mata Atlântica e Políticas Públicas pelo Bioma. Trabalhou com Associações de Reposição Florestal e pela criação dos Consórcios Intermunicipais de Bacias Hidrográfica e Meio Ambiente. Atualmente participa de diversos Conselhos de ONGs e Instituições e vem atuando em prol do fortalecimento das Frentes Parlamentares Ambientalistas em Brasilia no Congresso Nacional, nos Estados nas Assembleias Legislativas e de Vereadores do Brasil

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JOSÉ LOURIVAL MAGRI

Personalidade Ambiental do 27º Prêmio Expressão de Ecologia
(2020-2019)
José Lourival Magri é um profissional que, em 40 anos de carreira, desenvolveu toda a sua experiência em torno da questão ambiental, de seus desafios científicos, técnicos, sociopolíticos e institucionais. Catarinense, natural de Tubarão, Magri é formado em Química Industrial pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e tem especializações em Química e Poluição do Ar, esta última cursada em Osaka, no Japão. Há 40 anos, em 1980, começava a sua atuação na área de meio ambiente. Atuou como técnico e gerente da área de controle de poluição da FATMA, atual Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Nessa função, dentro do principal órgão ambiental público catarinense, participou da elaboração da Política Estadual de Meio Ambiente (1981). Também coube a Magri participar da coordenação e da implementação do licenciamento ambiental no estado e conduzi-lo até 1987. Trabalhou como gerente da divisão de meio ambiente da Eletrosul de 1996 a 1998, tendo atuado também como técnico da área ambiental na mesma empresa desde 1987. Na Eletrosul, conduziu a área de Projetos e Gestão Ambiental de Usinas Termelétricas, Hidrelétricas e Linhas de Transmissão. Em 1998 foi para a Tractebel, atual ENGIE Brasil Energia, onde atua como gerente de meio ambiente e responsabilidade social. Dentro da companhia energética, Magri participa de diversos projetos socioambientais, sendo que vários deles já conquistaram Prêmio Expressão de Ecologia. Ocupa também desde 2003 a presidência da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIESC e, desde 2005, atua como Conselheiro do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI. Dentro da federação, levou toda a sua experiência como técnico e a sua percepção acerca da sustentabilidade para beneficiar o setor industrial catarinense.

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FRITZ MÜLLER

Personalidade Ambiental do 27º Prêmio Expressão de Ecologia
(2020-2019)
A trajetória de Fritz Müller, brilhante naturalista alemão que viveu em Santa Catarina de 1852 até sua morte, em 1987, colaborou para formar a identidade sociocultural e ambiental do catarinense. Em sua homenagem, concedemos o título in memoriam de Personalidade Ambiental do 27º Prêmio Expressão de Ecologia. Fritz Müller chegou a Blumenau em 1852. Buscava na ciência as respostas que considerava obscurecidas e mistificadas pela religião. Era botânico e professor de ciências naturais. A fauna e a flora desconhecidas e descobertas nos novos mundos tornavam as ciências naturais uma das disciplinas mais fascinantes daquele século XIX. Morou em Desterro (futura Florianópolis) por 11 anos, onde deu aulas inicialmente em um liceu laico. Na capital catarinense leu o livro A Origem das Espécies, do cientista inglês Charles Darwin, de quem já era admirador. O livro devastava convicções religiosas baseado em leis da evolução e mostrava a seleção natural e a adaptação das espécies ao meio ambiente. O evolucionismo foi uma iluminação para o ateu Fritz Müller, pois ali ele encontrou base para se contrapor ao misticismo religioso. Como Darwin pediu apoio aos colegas para que o ajudassem com pesquisas que comprovassem suas teses, Müller enviou-lhe uma pesquisa que estava fazendo com crustáceos no litoral catarinense, apresentando argumentos que convenceram um grande número de cientistas e impressionaram Darwin. Os dois trocaram correspondência a vida toda, mais de 50 cartas. O espírito observador de Müller desenvolveu um vasto material sobre plantas, insetos, moluscos e crustáceos que embasaram a genial Teoria da Evolução das Espécies de Darwin, que o considerava-o um mestre e o nomeou príncipe dos observadores. Müller foi um defensor da flora, da fauna e dos índios. As aventuras e pesquisas desse patrono dos ecologistas no Brasil duraram 45 anos, até sua morte, aos 75 anos.

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CRISTALMA PAPA

Personalidade Ambiental do 25º Prêmio Expressão de Ecologia
(2018-2017)
Ambientalista e ativista pelos direitos animais, Cristalma Papa foi reconhecida nacional e internacionalmente por sua luta em defesa dos animais. Era conhecida como a Brigite Bardot catarinense, tal sua dedicação e empenho na busca de uma sociedade mais respeitosa, justa e pacífica para todas as formas de vida. Essa sensibilidade veio desde a infância, herdada dos pais. Foi uma das fundadoras em 1982 da ACAPRA - Associação Catarinense de Proteção aos Animais, a primeira organização estadual de defesa dos animais. Empresária e marchand, Papa foi proprietária da famosa Galeria de Arte Domus e posteriormente construiu e administrou a concorrida Pousadinha Santo Antônio, ambas em Florianópolis. Ela dividia a receita dos empreendimentos com o custeio da ONG e dos animais que resgatava, albergava e dava assistência.Elegante, culta, educada, talentosa e conhecedora da complexa missão que escolheu para se dedicar, era admirada e tinha trânsito em todos os segmentos da sociedade, contribuindo para projetar o conceito do movimento catarinense de defesa dos animais nos cenários nacional e internacional. Sua morte prematura, em abril de 2014, foi lamentada não só pelos seus parceiros no movimento, quanto por todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver consigo em alguma passagem de sua trajetória pessoal, social, ambiental e de defesa dos direitos animais. atuou como ativista independente até o último dia de vida e deixou aos cuidados da família quatorze cães que mantinha em sua companhia e tutela.

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MIRIAM PROCHNOW

Personalidade Ambiental do 24º Prêmio Expressão de Ecologia
(2017-2016)
Miriam é uma aguerrida guardiã da Mata Atlântica, herdeira dos grandes ambientalistas que viveram em Santa Catarina, como Fritz Müller, Fritz Plaumann ou Padre Reitz. Foi uma das fundadoras, em 1987, da renomada ONG Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, a Apremavi, que em 2017 completou 30 anos de atuação em defesa do meio ambiente. Miriam tem uma longa trajetória envolvendo questões ambientais. Formada em pedagogia, especializou-se em meio ambiente, com prioridade para a Mata Atlântica. Tem mais de 25 anos de experiência em coordenação de organizações da sociedade civil, execução de projetos de conservação e uso sustentável dos recursos naturais. Atuou em ONGs, redes e no Governo Federal. Nesse período ministrou e organizou seminários, palestras, cursos. Seus temas incluem legislação ambiental, proposição de políticas públicas, adequação ambiental de propriedades rurais, produção de mudas de árvores nativas, restauração de áreas degradadas e conservação da Mata Atlântica. Miriam fundou poderosas organizações ambientais. A Federação das Entidades Ecológicas Catarinenses congrega mais de 30 ONGs e tem papel fundamental na discussão de políticas de meio ambiente em Santa Catarina. A Rede de ONGs da Mata Atlântica conta com 312 organizações filiadas. Atualmente é secretária executiva do Diálogo Florestal, Coordenadora de Políticas Públicas na Apremavi e umas das idealizadoras do partido Rede Sustentabilidade.

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PE. RAULINO REITZ

Personalidade Ambiental do 22º Prêmio Expressão de Ecologia
(2015-2014)
Fundador do Herbário Barbosa Rodrigues, localizado em Itajaí e que contém um grande catálogo de plantas catarinenses, o Padre Raulino Reitz é o homenageado, in memoriam, como Personalidade Ambiental do 22º Prêmio Expressão de Ecologia. Foi diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro entre os anos de 1971 e 1975 e diretor da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) de 1976 a 1983, entidade que completa 40 anos em 2015. Durante 52 anos dedicou-se ao estudo da natureza, especialmente no campo da Botânica. Assim concebeu sua grande obra, única no gênero no Brasil: a Flora Ilustrada Catarinense, que alcançou 149 volumes, 12.489 páginas, 1.983 mapas, 734 gêneros e 3.333 espécies. Como Zoólogo, trabalhou na restauração da fauna desaparecida na Baixada do Massiambu, em Palhoça (SC), onde 40 espécies de mamíferos e aves foram reintroduzidas. Em seu extenso trabalho ambiental, Raulino Reitz foi vitorioso, pois realizou-se e viu o reconhecimento da comunidade nacional e internacional. Em 1990, no Dia Mundial do Meio Ambiente, na Cidade do México, recebeu o Prêmio GLOBAL 500 da ONU, tendo sido um dos 500 mais destacados ambientalistas do mundo a receber a distinção.

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WOLFGANG WEEGE

Personalidade Ambiental do 21º Prêmio Expressão de Ecologia
(2014-2013)
Fundador da Malwee Malhas, o empresário Wolfgang Weege foi escolhido, in memoriam, como Personalidade Ambiental do 21º Prêmio Expressão de Ecologia, em uma homenagem também aos 190 anos da colonização alemã no Brasil e à influência positiva dos imigrantes e descendentes alemães para o meio ambiente da região Sul. Apaixonado pela natureza, Wolfgang iniciou em 1978 o Parque Malwee, um verdadeiro santuário ecológico aberto à visitação pública que totaliza 1,5 milhão de metros quadrados de área preservada. Admirador da mitologia greco-romana, Weege decidiu espalhar diversas réplicas de estátuas no parque, além de inúmeras espécies de árvores e objetos para expor no museu do parque, que leva o seu nome. Seu olhar voltado à área social fez com que Wolfgang apoiasse iniciativas que favorecem a comunidade, como hospitais, corpo de bombeiros, além de inúmeras outras atividades sociais. Por longo período fez parte da diretoria da ACIJS, de Jaraguá do Sul, inclusive presidindo a entidade.

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GLAUCO OLINGER

Personalidade Ambiental do 19º Prêmio Expressão de Ecologia
(2012-2011)
Se o estado de Santa Catarina é hoje o maior produtor de suínos, maçãs e ostras do Brasil, isso se deve em grande parte ao trabalho incansável do engenheiro agrônomo Glauco Olinger, responsável pela implantação do serviço de extensão rural no estado e um dos maiores nomes brasileiros nessa área. Com 90 anos recém-completados em setembro de 2012, Olinger comandou algumas das principais instituições ligadas à agropecuária, promovendo rupturas de paradigmas na atividade. O modelo da agricultura familiar catarinense, organizada em pequenas propriedades diversificadas e tecnificadas, trabalhando em parceria com a agroindústria, tem as suas digitais. Olhando sempre à frente, o agrônomo indicado Personalidade Ambiental pelo Prêmio Expressão de Ecologia 2012 hoje se dedica a aprimorar o modelo que ajudou a construir. Defende o que chama de agricultura de transição, ou biológica, capaz de reduzir ao mínimo o uso de agroquímicos e a degradação ambiental, equilibrando métodos convencionais e orgânicos.

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AURY BODANESE

Personalidade Ambiental do 18º Prêmio Expressão de Ecologia
(2011-2010)
Numa homenagem póstuma, o empresário Aury Luiz Bodanese, uma das mais importantes lideranças cooperativistas do país, fundador da CooperAlfa e da Coopercentral Aurora, ambas com sede em Chapecó (SC). Além de incentivar a produção pecuária e de cereais na região Oeste de Santa Catarina, onde o empresário se estabeleceu na década de 50, chamam atenção seus esforços e luta constante pela preservação do meio ambiente entre as cooperativas, cujos resultados podem ser vistos nos tempos atuais. Bodanese idealizou a Aurora, um dos maiores conglomerados industriais do Brasil e referência mundial na tecnologia de processamento de carnes, com 13 cooperativas filiadas, mais de 68 mil associados e mais de 13 mil funcionários. Além de montar um império cooperativista em Santa Catarina, Bodanese fundou e presidiu a Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro), participou da Organização das Cooperativas Estado de Santa Catarina (Ocesc) e de outras entidades representativas do setor.

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BRUNO HERING

Personalidade Ambiental do 17º Prêmio Expressão de Ecologia
(2010-2009)
Bruno Hering foi escolhido pelo júri de Expressão não apenas por ser considerado o pioneiro do reflorestamento brasileiro, mas também por ser um homem à frente de seu tempo no amparo cultural e social aos seus funcionários. Por sua influência, no começo do século XX, em 1905, a Hering adquiriu – e sempre preservou – uma gigantesca área vizinha à fábrica do Bom Retiro, em Blumenau (SC). Bruno criou uma biblioteca para os operários da fábrica. Como a frequência era baixa, ele próprio passou a ler histórias para os funcionários. Fundou a primeira cooperativa de Blumenau e participava ativamente da vida social da cidade. Colaborava com a Volksverein, (Sociedade do Povo), que originaria o Sindicato Agrícola, e com a Kulturverein (Sociedade Cultural), que difundia a cultura junto aos trabalhadores. Bruno Hering implantou os princípios do que se conheceria um século mais tarde como Responsabilidade Social Empresarial, ou RSE. Isso, associado à qualidade do produto, uma obsessão do irmão Hermann, constituiu precocemente o tripé da sustentabilidade na Hering, envolvendo economia, meio ambiente e sociedade. Em 2010, a companhia completou 130 anos de existência.

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ADEMIR REIS

Personalidade Ambiental do 16º Prêmio Expressão de Ecologia
(2008)
O professor-doutor e biólogo do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Ademir Reis foi escolhido como Personalidade Ambiental do 16º Prêmio Expressão de Ecologia. Ademir também é diretor-técnico do Herbário Barbosa Rodrigues, de Itajaí (SC), dando continuidade ao trabalho do renomado ambientalista padre Raulino Reitz, premiado pela ONU pela qualidade das pesquisas botânicas e os serviços prestados em prol do meio ambiente. Além de ser considerado o sucessor de Raulino Reitz na documentação da flora catarinense, Ademir Reis ajudou a desenvolver a nucleação, uma técnica inovadora para recuperar áreas degradadas. Seu valioso trabalho na conservação da biodiversidade, em especial na florística e ecologia das nossas florestas, foi justamente reconhecido pela coordenação do Prêmio Expressão de Ecologia.

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WANDÉR WEEGE

Personalidade Ambiental do 15º Prêmio Expressão de Ecologia
(2007)
Ações ambientais conduzidas por Weege ao longo do período de existência do prêmio podem se consideradas pioneiras, e até mesmo visionárias. Há 10 anos, em 1997, a Malwee foi uma das vencedoras graças à construção de um aterro para dispor os resíduos resultantes de seu sistema de tratamento de efluentes líquidos. Venceu novamente o prêmio em 2002 e em 2004. Dentre as várias outras conquistas da Malwee destaca-se a recuperação de até 45% dos efluentes gerados nas fábricas. Com isso ela deixa de captar 200 milhões de litros de água por ano no Rio Jaraguá. Um capítulo à parte da trajetória ambiental da companhia é a constituição do Parque Malwee, uma exuberante reserva natural de 1,5 milhão de metros quadrados a apenas oito quilômetros do centro de Jaraguá do Sul. Ele foi criado em 1978, quando o pai de Wandér, Wolfgang Weege, estava à frente dos negócios – Wandér assumiria a direção da empresa em 1987. Antes disso, em 1982, o parque foi doado aos funcionários da empresa, ainda que as despesas de manutenção sejam bancadas pela Malwee, assim como várias das melhorias apresentadas.

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MIGUEL KRIGSNER

Personalidade Ambiental do 11º Prêmio Expressão de Ecologia
(2003)
O empresário Miguel Krigsner foi escolhido como Personalidade Ambiental do 11º Prêmio Expressão de Ecologia. Diretor-presidente do grupo O Boticário, Krigsner foi indicado pela comissão julgadora a receber a homenagem em função de sua conduta ambiental coerente com o desenvolvimento econômico sustentável, que tem disseminado através das ações da sua empresa e nas entidades de classe das quais faz parte. Entre essas ações, a comissão julgadora destacou a criação e a atuação exemplar da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, a manutenção da Reserva do Salto Morato, em Guaraqueçaba, litoral do Paraná; a liderança à frente das questões ambientais no âmbito empresarial do estado do Paraná, os trabalhos de educação ambiental que O Boticário mantém junto às comunidades onde atua, os três prêmios Expressão de Ecologia que O Boticário recebeu nos últimos 10 anos, além, de todas as outras inúmeras homenagens, prêmios e destaques que a empresa e a Fundação O Boticário receberam pelo seu envolvimento com a questão ambiental.

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JOSÉ LUTZENBERGER

Personalidade Ambiental do 10º Prêmio Expressão de Ecologia
(2002)
Engenheiro agrônomo, em 1971 José Lutzenberger abandonou uma carreira de 13 anos como executivo da Basf para denunciar o uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras do Rio Grande do Sul e tornar-se um dos pais do movimento ecológico no Brasil. Um dos fundadores da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), uma das primeiras entidades ambientalistas do país, Lutz, como era conhecido, lutou em defesa do meio ambiente até sua morte, em 14 de maio de 2002. Um dos exemplos dessa luta foi seu enfrentamento, a partir de 1974, à fábrica de celulose norueguesa Borregaard, que tornava insuportável o ar na região da Grande Porto Alegre. Após a venda da fábrica a controladores brasileiros, Lutz participou do projeto para sua salvação, ajudando a torná-la um exemplo de preservação ambiental e a provar que é possível conciliar produtividade e respeito à natureza. Além de ao longo de sua vida ter sido homenageado como doutor honoris causa de universidades européias, Lutzenberger conquistou em 1988 o The Right Livelihood Award, considerado o "Nobel Alternativo".

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CARLOS SCHNEIDER

Personalidade Ambiental do 9º Prêmio Expressão de Ecologia
(2001)
Presidente da maior fabricante nacional de porcas e parafusos, a Ciser, o empresário joinvilense Carlos Schneider foi agraciado com o título de personalidade ambiental nesta 9ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia. Um reconhecimento ao seu trabalho de preservação das nascentes do rio Quiriri, um dos responsáveis pelo abastecimento da cidade. Neto do pioneiro alemão Karl Friedrich Schneider, que chegou a Joinville em 1881, Carlos Schneider assistiu durante grande parte de seus 76 anos ao processo de destruição da natureza na cidade que é um dos principais pólos econômicos do Sul. Um processo que o estimulou a partir para a aquisição de áreas junto às nascentes, as quais hoje são santuários intocados de natureza exuberante. E a continuação desse trabalho está garantida em família, já que sua filha, Sibylla, preside a ONG Vida Verde, que foi um dos vencedores do 9º Prêmio Expressão, com os projetos "Boa Vista - Joinville Abraça Este Morro" e "Parque Ambiental Caieiras".

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CARLOS ODEBRECHT

Personalidade Ambiental do 8º Prêmio Expressão de Ecologia
(2000)
Presidente da Karsten, centenária indústria têxtil de Blumenau, Carlos Odebrecht nasceu e cresceu no Vale do Testo, na divisa com Pomerode. A partir da observação do que se fazia em países europeus, nos anos 80, passou a liderar os projetos voltados para a diminuição do impacto ambiental da indústria, entre eles a construção de uma estação de tratamento de efluentes líquidos. Em 1988, quando a Karsten instalou a sua primeira Estação de Tratamento de Efluentes, a descarga poluidora da fábrica era equivalente à de uma cidade com 18 mil pessoas. Depois, essa descarga caiu para o equivalente a apenas 3.500 pessoas. Fora dos muros da empresa, o empresário foi um dos principais incentivadores da Câmara de Qualidade Ambiental da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, criada em 1987. No comando da entidade por vários anos, ele procurou incentivar o empresariado catarinense a investir no controle da poluição industrial.

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UDO DÖHLER

Personalidade Ambiental do 7º Prêmio Expressão de Ecologia
(1999)
O empresário Udo Döhler, presidente da Döhler, de Joinville, foi conhecer de perto os programas de controle ambiental nas fábricas da Basf e Bayer, na Alemanha. Era 1987 e ele ficou impressionado ao ver uma centena de residências sendo desocupadas e demolidas, e a terra literalmente lavada para descontaminação. Daí em diante, promoveu um profundo diagnóstico sobre a agressão ambiental causada pelas atividades da Döhler, que culminou com a certificação ISO 14001. Ele foi um dos primeiros empresários de Joinville a encampar a idéia da construção de um aterro para resíduos sólidos industriais a ser compartilhado por várias empresas. Mas não esperou que ele saísse do papel: construiu um aterro próprio da Döhler, o primeiro de Santa Catarina, o que lhe valeu o prêmio especial do júri do Prêmio Expressão de Ecologia em 1996. O empresário também percebeu que era preciso atingir a comunidade. Assim nasceu, em 1995, o Vamos Trabalhar sem Destruir a Natureza, um programa de educação ambiental feito junto às escolas de 1º grau.

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MAGDA RENNER

Personalidade Ambiental do 5º Prêmio Expressão de Ecologia
(1997)
Uma das vozes mais respeitadas no Rio Grande do Sul quando o assunto é meio ambiente, Magda Renner começou a atuar na preservação ambiental antes mesmo de surgir a palavra ecologia. Isso aconteceu a partir do início de seu trabalho na ONG Ação Democrática Feminina Gaúcha (Adfg), na qual ingressou na década de 60. Em 1972, após assistir a uma palestra do ecologista José Lutzenberger, fundador da Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), a nora de A. J. Renner - um dos maiores nomes da indústria gaúcha - iniciou efetivamente sua militância pela causa ambiental. Sua atuação contabiliza episódios como a luta contra a maré vermelha que atingiu o litoral gaúcho na década de 70, e contra os aterros de lixo nas ilhas do rio Guaíba. Nos anos 80, engrossou passeatas que alertavam sobre os problemas decorrentes da instalação do pólo petroquímico de Triunfo, o que acabou contribuindo para que o grupo de empresas seja hoje modelo de responsabilidade ambiental. Também foi decisiva sua atuação no lobby ecológico durante a elaboração da Constituição de 1988.

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